Essa semana a coluna vai falar sobre o spinning, uma das modalidades de ginástica mais populares nas academias de todo o mundo. Inspirada no ciclismo, a atividade foi criada pelo sul-africano Johnathan Goldberg, ou Johnny G. Ciclista, Johnny desejava criar uma bicicleta estacionária que pudesse reproduzir o seu esquema de treinamento nas estradas.
O resultado foi uma atividade de altíssima intensidade com um grande custo energético, que beneficia o sistema cardiorrespiratório, fortalece os músculos da parte inferior (como quadríceps, posterior da coxa, glúteo, panturrilha), e é comprovadamente a atividade de ginástica mais recomendada para quem quer perder peso.
As aulas acontecem em uma sala com 20 bicicletas. O público varia, formando um grupo bem heterogêneo. São homens, mulheres, iniciantes e pessoas que já estão mais acostumadas com a modalidade.
Com sessões muito animadas, que incluem som e iluminação especial lembrando uma balada, os professores usam as batidas das músicas para controlar a intensidade dos movimentos. Toda vez que a música tem uma batida mais forte, o aluno precisa acelerar a sua rotação por minuto para bater o pedal no ponto mais baixo.
Existem dois níveis para quem deseja iniciar na modalidade. No nível 1, o treino dura em média 30 minutos, incluindo cinco minutos para aquecimento e outros cinco minutos no final para uma volta mais calma. No nível 2, as sessões têm duração de 45 minutos.
Uma das vantagens da atividade é a facilidade. Como não exige um nível de coordenação motora muito alto, o aluno só precisa saber pedalar para participar. Por isso, o tempo de adaptação é muito rápido: 15 dias para quem praticar de duas a três vezes por semana.
Como é uma atividade aeróbica, pode ser combinada com outras modalidades. Por exemplo, homens que treinam musculação podem variar fazendo aulas de spinning duas vezes por semana. Já as mulheres podem combinar outras aulas de ginástica com a atividade, aumentando o gasto calórico.
Mudando hábitos
Eu tinha um aluno que treinava hipertrofia e gostava de correr. Três vezes na semana, ele terminava o treino e ia para a esteira, porém, não estava conseguindo os resultados que desejava. Falei para ele arriscar umas aulas de spinning. Sugeri que ele saísse do treino, desse uma suplementada e depois fosse pedalar.
Ele me respondeu “Eu saio da musculação, não como nada, vou direto correr e nem assim eu emagreço. Você está pedindo para eu comer e ainda fazer uma aula com tempo menor do que eu fico na esteira. Tem certeza disso?”
Minha resposta foi: “Sim. Come um carboidrato e vai pedalar”.
Em um mês, ele perdeu cerca de 1.200 kg de gordura e ganhou meio quilo de massa muscular. E, como já tinha o aeróbico bom, em três meses, o resultado foi menos três quilos de gordura e o ganho de 1.500 kg de massa muscular. Ou seja, o cara ficou super contente e o resultado veio de forma rápida.
Moral da história: Tira a bunda do supino e vai fazer spinning.