
A expectativa de sobrevida tem aumentado muito. Há duas décadas no Brasil, a média de sobrevida era de 70 anos, e hoje é de 75 anos. Nesta semana, na coluna No Pain, No Gain, vamos falar sobre como você pode ter maior longevidade e qualidade de vida.
A longevidade está mais ligada no avanço da tecnologia e da medicina, pois houve melhorias em remédios, cirurgias e há um maior conhecimento e condições de manter a pessoa viva.
As tarefas do cotidiano também foram reduzidas. O homem perdeu o tonos muscular, que é a capacidade de se manter em pé, tendo assim muitas disfunções ortopédicas, como escoliose e desvios posturais, que atrapalham a qualidade de vida.
Antigamente as pessoas eram mais ativas e havia pouca eficiência médica para mantê-las vivas, mas hoje o processo se inverte: temos informação, tecnologia, avanço na medicina e o homem está sedentário, logo a qualidade de vida cai pela metade.
Quando falamos em longevidade pensamos logo nas crianças, pois são elas que ajudam a medir a expectativa de vida de uma determinada população. Os aspectos psicológicos, sociais e a atividade física têm muita relação com amigos e família, ou seja, é de pequeno que se ensina os bons hábitos, tanto na atividade física ou no esporte quanto na alimentação saudável.
Os pais hoje em dia acham que não são responsáveis pelas atitudes dos filhos, ou seja, se a criança está com excesso de peso, eles vão culpar a escola ou outros lugares e não pensam que eles são a base e um espelho para os filhos.
Um estudo feito no Japão, com duas mil crianças, demonstrou que quanto mais tempo a criança ficar em frente à televisão, menor o gasto calórico e a tendência de engordar é maior, já que recebemos cerca de dois mil estímulos visuais e sensoriais para o consumo.
Outro estudo comprova que a expectativa de vida do ser humano diminui 1% a cada 500g de excesso gordura até os 50 anos de idade.
O sedentarismo era o sétimo motivo pelo índice de mortes no Brasil, hoje ele é o segundo. A obesidade mata mais em quantidade e velocidade do que o câncer.
Cinquenta e quatro por cento dos brasileiros são sedentários, ou seja, metade da população está suscetível a todo tipo de doenças. No Brasil, 4% da população faz atividades físicas dentro de academias, ou seja, se nós temos 400 mil habitantes em Mogi das Cruzes, temos em torno de 16 mil pessoas que praticam, um número pequeno.
É preciso mudar o estilo de vida e manter hábitos saudáveis desde pequeno. A família é o fator principal e importante. É preciso dar exemplo e tornar as crianças mais ativas, seja praticando natação, balé, ginástica, educação física na escola, futebol com os amigos, enfim, o importante é estar em movimento.
Caso real
Um filho adolescente de 13 anos de uma aluna estava um pouco acima do peso. A mãe pediu que ele fizesse uma dieta e exercícios para a perda de peso. Fizemos os exames necessários e o endocrinologista aconselhou a ele manter o peso, porque na puberdade o organismo acumula energia e gordura para crescer, então nessa fase ele cresce e emagrece muito rápido e sem problemas.
Então aplicamos exercícios de leve a moderada intensidade, apenas para tonificar o corpo, e o adolescente respondeu super bem, além de aliar outras atividades ao seu dia a dia.
Moral da história: tire a bunda da cadeira, largue o celular e vá treinar!